Começou nesta quarta-feira (11/06), em Paris, a 9ª edição da Viva Technology (VivaTech), maior evento europeu de startups e tecnologia, que reúne empreendedores, cientistas, líderes empresariais e investidores para explorar as fronteiras da inovação nas mais diversas áreas.
Até sábado, mais de 13 mil startups de dezenas de países estarão exibindo produtos e soluções para estimados 170 mil visitantes no Paris Expo Porte de Versailles. Das startups presentes, 19 são apoiadas pela Universidade de São Paulo (USP) e pela FAPESP, demonstrando a força do ecossistema de deep techs no Brasil. São empresas que atuam em setores fundamentais para o país, como agricultura, saúde, energia e materiais (leia mais em: agencia.fapesp.br/54962).
“A visibilidade internacional é muito importante para a pesquisa feita no Estado de São Paulo. Temos produzido muita ciência de qualidade que, infelizmente, não recebe o destaque e o reconhecimento devidos. Hoje, a ciência é globalizada e a internacionalização permite que nossos pesquisadores tenham referências novas e diferentes, o que é importante para o aumento da qualidade das nossas atividades. Esse processo faz com que nossos pesquisadores, alunos e inventores sejam mais competitivos e não tenham receio de competir internacionalmente”, disse Vahan Agopyan, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paulo, à Agência FAPESP.
O diretor-presidente da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, destacou a importância do apoio da FAPESP e da USP ao oferecer a pesquisadores e startups paulistas a oportunidade de participar da VivaTech, ampliando conexões estratégicas, aumentando a visibilidade internacional de suas inovações e atraindo investidores.
Em apresentação no primeiro dia do evento, Pacheco falou sobre a relevância da pesquisa desenvolvida no Estado de São Paulo. “Se São Paulo fosse um país, seria aquele com a maior produção científica entre todos os países da América Latina. Além disso, temos mais de 10 mil empresas de inovação no Estado", afirmou.
Pacheco também falou para a plateia sobre alguns dos instrumentos da FAPESP para estimular a cooperação científica, ao atrair cientistas de todo o mundo para São Paulo.
“Anunciamos recentemente duas novas iniciativas – a Chamada Internacional para Jovens Pesquisadores e o International Thematic Grant – para permitir que cientistas tanto em começo de carreira quanto com carreira consolidada, nos dois casos líderes em suas áreas de conhecimento, possam executar projetos de pesquisa em São Paulo”, contou.
Agopyan elogiou as iniciativas e destacou o papel da FAPESP no apoio à pesquisa e à inovação. “O Estado de São Paulo é a região do hemisfério Sul que mais tem se destacado nos rankings internacionais de inovação e de desenvolvimento de startups. Um dos principais motivos para isso é que São Paulo conta com vários instrumentos importantes para estimular a pesquisa, como os programas da FAPESP, uma fundação de apoio autônoma com a capacidade para realizar financiamentos de longo prazo, permitindo o desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas”, disse.
“Outro destaque de São Paulo é o fato de termos universidades de padrão internacional – não apenas as três universidades estaduais, mas também as federais e instituições privadas excelentes em suas respectivas áreas de atuação. Com um ambiente de universidades de qualidade e com financiamento, estamos conseguindo formar recursos humanos altamente competentes – tão competentes que têm sido cada vez mais disputados internacionalmente. Então, temos todos os ambientes necessários: excelência da mão de obra, excelência nas pesquisas e, ainda, garantia de financiamento”, acrescentou o secretário estadual.
Leia na íntegra: https://agencia.fapesp.br/inovacao-paulista-em-destaque-no-maior-evento-europeu-de-tecnologia/55033