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Em evento, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de SP coloca em discussão o desafio de mensurar impacto e apresenta projeto Japi

Ideia do trabalho, ligado ao Sistema Paulista de Ambientes de Inovação (Spai), é desenvolver ferramentas para medir valor gerado a partir dos investimentos na área

22/04/2025
Foto ilustrativa

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) do Estado de SP, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) organizou nesta terça-feira, 22, o evento O Desafio de Mensurar Impacto no auditório da SCTI, no bairro do Jaguaré, zona oeste da cidade de São Paulo. O objetivo principal foi discutir formas de mensurar o valor gerado a partir dos investimentos em Inovação. Participaram, além dos organizadores, membros do Spai (Sistema Paulista de Ambientes de Inovação) e representantes de entidades vinculadas à secretaria e outras empresas e instituições envolvidas e interessadas no tema.

Um dos pontos altos do evento foi a apresentação do projeto Jornada dos Ambientes Paulistas de Inovação (Japi), uma parceria da SCTI com a Fapesp, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outras instituições. O trabalho coletivo pretende desenvolver modelos, indicadores e práticas que possibilitem a avaliação sistêmica dos ambientes, uma gestão mais eficiente dos investimentos públicos, a criação de uma plataforma digital interativa e o fortalecimento da governança colaborativa, na qual atuam poder público, startups e deep techs, universidades e centros de pesquisa, além de empresas em geral.

Guilherme Ary Plonski, professor senior da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) e professor associado da Escola Politécnica (Departamento de Engenharia da Produção), ambas da USP, coordena o projeta Japi. Ele iniciou a apresentação lembrando do simbolismo da data, já que 22 de abril é o Dia Internacional da Mãe Terra (Organização das Nações Unidas, 2009) e o Dia Mundial da Criatividade e Inovação, entre outros marcos relacionados a efemérides. “O objetivo do Japi é fortalecer e modernizar o Spai, levando em conta que a Inovação é motor de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, afirmou.   

“Precisamos encontrar metodologias robustas para medir o impacto, já que nem todos estão convencidos de que investir em Inovação é um bom negócio”, disse André Aquino, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da SCTI, mencionando o trabalho conjunto de avaliação que começa a ser desenvolvido. 

Reorientação de valores
Representando a Deloitte, empresa de Auditoria, Consultoria e Gestão de Riscos, Clarisse Gomes fez a apresentação intitulada Captura de Valor em Ecossistemas Inovadores, mostrando que a forma como entendemos e articulamos ambientes de inovação tem mudado significativamente nos últimos anos. Ela é responsável pelo projeto que se destacou como o melhor case de inovação aberta no Brasil em 2023 e única representante brasileira no Fórum Global de  Tecnologias Emergentes da Organização para a Cooperação de Tecnologias Emergentes (OCDE). “Muitos ambientes foram criados para maximização de resultados econômicos, mas é preciso reorientar os valores”, afirmou.

O engenheiro químico, gestor universitário, pesquisador e educador ambiental Flávio Gramolelli Junior fez uma bonita apresentação sobre as riquezas da Serra do Japi durante o evento, considerando que a sigla do programa orientado para a Inovação foi inspirado na reserva verde localizada no município de Jundiaí. Gramolelli, que é o atual superintendente da Fundação Serra do Japi, informou ao público presente que há pesquisas importantes em andamento naquela área, ressaltando a importância do trabalho científico a partir da preservação da natureza. 

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Entre outras apresentações do evento, destaque ainda para o case mostrado por Jeferson Cheriegate, presidente executivo da Associação Parque Tecnológico São José dos Campos. Ele detalhou o trabalho feito pela Consultoria QCP para o Parque de Inovação Tecnológica (PÌT) da cidade, que demonstrou as vantagens – inclusive financeiras – do investimento em inovação. “Queríamos garantir que o investimento público fosse muito bem aplicado e mensurar resultados. O estudo pesquisou 146 fontes, fez 40 entrevistas e outras análises, demonstrando que a cada real aplicado, R$ 18 voltam como benefícios para a sociedade”, afirmou. 

“Pelo que foi discutido hoje, vimos que nós temos várias missões e foi ótimo colocar em perspectiva visões diferentes, porém complementares, não antagônicas, sobre o valor da Inovação. O Japi foi instigado e incentivado pela Secretaria e eu espero que, daqui alguns meses, possamos dispor dessas ferramentas para fazer o trabalho do Spai evoluir”, declarou Vahan Agopyan, secretário da SCTI.

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